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EVMS

by EVMS

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1.
Menino no Rio 2 paus 7 copas 9 espadas 5 lágrimas uma vida uma árvore um livro três páginas 2 pulsos 11lâminas 13 luas 1 sol um iceberg em terras áridas sou um menino no rio um homem a sonhar um anjo na terra um deus a sonhar tom de pele azul com ascendente roxo malandro, onde a coruja dorme dorme como mocho murucutu de pantufas voo silencioso acredito no azar, mas não sou supersticioso há matemáticos que fazem cálculos com o universo no bolso sou do tempo dos sem máquina de calcular mas tive que me adaptar e proteger o meu osso Danny sem coleira arte livros e música Estou de pijama porque acabei de acordar para uma nova vida de uma nova morte deseja-me sorte aperta o garrote se não corre nas veias não indica o Norte mágico de serrote desta vez não vou deitado troquei de lado agora sou... mágico de serrote menino no rio um homem no mar um anjo na Terra um deus a sonhar.
2.
Todo o Fado é Vadio ya sou mais um Anjo Caído ténis sanjo encardido e um banjo partido com o qual toco música de ouvido ao gosto do meu sexto sentido assumi a minha culpa sou minha própria tulpa antes livre arbítrio do que ao destino pedir desculpa por ter chegado atrasado!?!? sempre ouvi dizer que : “- vale mais tarde que adiantado e não estar preparado” é como ir para o primário sem passar pelo infantário e todos os dias fazer o T.P.C. para não ser mais um subsidiário mais um artista com ideias?!?! já nos chega Deus eles não querem ninguém a questionar : “para onde é que vão as estrelas quando morrem? será que há outro paraíso para além dos Céus?” arrasto as minhas penas, até um dia escolher voar. todo o fado é vadio ya hoje não me apetece acordar qual é a diferença entre viver o meu sonho e continuar a sonhar todo o fado é vadio deixa-me estar para uns isto é a cauda da Europa para mim é a vista para o Mar todo o fado é vadio todo o fado é vadio e todos nós temos encontro marcado com o Destino Às 11 no Bugio. A Desgarrada roupa rasgada alma encharcada do fundo da garrafa do beco do nada lábios cor de vinho uma unha pintada severa ela é Filha da Madrugada homens lhe pagam para ela se ir embora e levar consigo no ventre a amargura mas onde a alma não é pequena o pecado não mora ela ainda é virgem mas já tem mamar de cobra foice à cintura a doença é a cura o para sempre não dura e a verdade não jura e ela é sem auto-censura Virgem Negra como Nossa Senhora.
3.
Navalha de Occam até falava das minhas jantes mas eu vim de elefante o mundo cada vez mais moderno e eu cada vez mais como antes afio lápis em cassetes sonho com mundos distantes rezo em Línguas aos lábios d’Ela cores berrantes nos altifalantes olhos brilhantes alma Nómada ganhei as minhas Asas na cama de Sodoma sem olhar para trás deixei um velho Testamento na cómoda ...a arder... Eu tenho a minha Navalha de Occam Eu tenho a minha Espada de Ogum se esta vida são dois dias é natural que viva o Carnaval mas do que é que a carne me vale quando não me vejo um corpo inteiro? Osíris. nada sou sem minha Ísis, o meu Trono e o meu Terreiro. “o tempo dá, o tempo tira o tempo passa, a folha vira.” estou de volta ao pé de Iroko onde dei de descanso ao Quíron cada vez mais Louko, atópico e fora da Gira Akira um só caminho na mira tapete vermelho em chamas a sede na boca e a cabeça cheia de vinho sai da frente deixa-me morrer sozinho eu sou dono do meu destino avó Clara. Eu tenho a minha Navalha de Occam Eu tenho a minha Espada de Ogum quantos de nós estamos a pensar que de viver é preciso parar e voltar a sonhar a vida como ela é e não como a estamos a pensar e voltamos a pensar? o Homem é logo existe em cada Plank do Espectro de Luz que o liga àquilo que acredita mesmo que não exista será que um dia acreditarei em mim? testes de matemática aplicada para mim perguntam o mesmo toca-me no peito provoca um sismo traz-me de volta à vida como ela é e não como a estamos a pensar e voltamos a pensar e voltamos a pensar eternos instantes.
4.
Godis Godi Manis Man eu estou perto do Céu mas eu vivo aqui na Terra e tenho os pés cheios de terra porque eu vivo aqui na Terra Sacode o Pó às vezes confundo pó das estrelas com pó do chão não vejo diferença entre magia e ilusão profeta de cajado ou policial de bastão às vezes digo sim quando queria dizer... talvez não haja diferença entre Cara e Coroa e a Coroa seja o Coração e sendo assim qualquer pessoa seja má ou boa tudo o que ela almeja é a Coroação ...ou talvez não... dá-me dá-me um pedaço do Céu dá-me dá-me um pedaço do Céu dá-me dá-me um pedaço do Céu eu estou perto do Céu mas eu vivo aqui na Terra e tenho os pés cheios de terra porque eu vivo aqui na Terra Sacode o Pó Pó Pó Pó Sacode o Pó Pó Pó Pó eu vendi a alma ao diabo por um visto no passaporte há poucos lugares no Céu e a Terra está ao barrote para quê ir deitado se posso ser o Mágico de Serrote? dá-me dá-me um pedaço do Céu dá-me dá-me um pedaço do Céu dá-me dá-me um pedaço do Céu mas eu vivo aqui na Terra mas eu vivo aqui na Terra mas eu vivo aqui na Terra mas eu vivo aqui na Terra .
5.
03:43
ИN para alterar como isto funciona eu alterei o meu cromossoma, alterei a minha maneira de pensar, E alterei o meu idioma. não só alterei a questão, como alterei como se questiona... eu estou tão alterado que já não tenho forma. por norma, eu tenho um copo meio cheio que nunca entorna, sem norma, garrafas vazias, meu corpo em coma. mas toma, subtraíste-me agora soma, hoje sou um Homem novo, como se acabado de sair da… calma, mantém a frieza três cartas na manga pistola debaixo da mesa há que estar sempre preparado para o elemento surpresa pois aquilo que menos esperas é o que mais na balança pesa o inevitável existe tu não tens tudo sob controle há muita coisa que aqui se passa que não gira à volta do Sol captas? ou és lento como um caracol tão lento que ainda não percebeste que isto não é só sexo drogas e rock n’roll sexo drogas e rock n’ roll sexo drogas e futebol tanto sexo e tantas drogas que ficaste com ela mole é claro que falo da mente pois é lá que eu resido à procura da musicalidade no meio de todo este ruído muitos génios e genealidade mas ninguém atende o meu pedido quanto mais esfrego a lâmpada mais tem escurecido eles me querem subdesenvolvido e subnutrido mas eu não lhes dou ouvidos e subo e sigo isto não é caspa o que tu vês é o pó das estrelas para quê só sonhar com elas quando podes sê-las? tu já sabes como te sentes assim só em vê-las imagina um dia abrir os olhos e poder sê-las porque brilhar como elas é o nosso destino o mundo está de pernas para o ar… faz o pino!! a solução é tão básica que o seu pH é alcalino e é assim que eu me expresso a.k.a. cimbalino pois é ca’fé que tenho que eu defino o meu caminho capacete de astronauta e as estrelas alinho muitos julgam que é para a foto e dizem “olhó passarinho” mas isto é real tipo chapada no focinho.
6.
Über Alles 01:32
Über Alles ando sempre com ele na meia mas já o vi aos quadrados já o injetei na veia e o contemplei de olhos revirados mergulhei na noite apneia até os pulmões ficarem encharcados de manhã ele veio e perdoou todos os meus pecados 8 minutos e tudo era orvalho desde o cepo ao mais alto galho levantei a cara do soalho sacudi do cabelo o grisalho tirei o dedo do gatilho e fiz-me ao atalho menos uma carta no baralho roda no pé hoje sou sem cabeçalho feiticeiro de OZ sigo Dorothy como um espantalho à procura da agulha no meio de tanto palho nos meus bolsos cascalho ontem eram pedras no meu caminho amanhã terei um castelo de areia e a vida escrita em pergaminho “à beira mar plantado” onde vou morrer sozinho a combater mais um moinho sim eu sei que vou morrer sozinho mas eu não estou a sonhar sozinho remoinho.
7.
Yamens! 02:29
8.
O Bode Cuspia ascendi a Capricórnio por estar mais cabrão agora apontam-me como demónio mas nunca fui Santo e muito menos António a selva nunca foi lugar para campónio tenho um par de cornos porque a vida é uma ... nah... na verdade ela sempre me foi fiel e o cabrão aqui fui eu mas já não peço desculpas faço tudo de propósito “- e o erro?” faz parte do meu propósito que se foda fazer sempre o bem quando o mal também atesta o meu depósito. o meu sorriso denunciava-me no escuro sem sorriso, poucos são aqueles que saltam o muro do outro lado imaginam o Cérbero com cérebro e tronco duro medo do futuro confiança na aparência chama-se nomes à inteligência troca-se sonhos pelo que se chama de sapiência por serem molhados e terem um toque de demência “- perdoa-lhes Pai que eles não sabem o que fazem...” carreguei a cruz para além dos limites da cidade mas o albino está de volta e mais fresco eu sou o anticristo aquele traz a má novidade : - o bode cuspia não o bode ainda cospe notícia de primeira página no teu melhor quiosque estou de volta mas nunca dei de frosque apenas fui ali aliviar a tripa ao bosque Ele É o Super-Bode vilão.
9.
Glossolália 04:46
Glossolália kubinga binga binga ngi binga bakulo ngi binga kubinga binga binga ngi binga kuonene Nzamba kuzamba o futuro é agora o pretérito está perfeito não mexe mais aceito o meu nome a Voz escutou-me sobrenome diferente dos pais impronunciável Espírito Santo meu lado humano está pranto pronto para dar à luz 2013 anos depois de Jesus Deus ex Machina no multidão eu sou aquele de capuz um estranho num mundo estranho onde não há rosa sem cruz sensações claras chãos incomuns acesso à planta através da sua raíz vou ao centro da terra à procura de samples em discos vinis Júlio Verne São Francisco de Assiz padre do deserto com a marca da flor de lis criminoso até ao osso da cabeça aos pés glossolália consulta o espírito se não percebes o Português kubinga binga binga ngi binga bakulo ngi binga kubinga binga binga ngi binga kuonene Nzamba kuzamba bandana ao pescoço deus deu a palavra alguém deu o número e eu dei o meu preço já não sei o caminho de regresso estou fora da mente de frente para a serpente qual é a relação entre o medo e o sucesso? sem túnica ou armadura rezo devia de ter cuidado com o peço mas parece que pouco aprendo e só envelheço novo começo para mostrar que há um todo deus deu-me um terço e um pé de gesso calcei a luva já que ninguém sai daqui ileso glossolália herói depois da morte vilão no processo kubinga binga binga ngi binga bakulo ngi binga kubinga binga binga ngi binga kuonene Nzamba kuzamba nga mono kiá ó nganji ie nga mono kia ó kuandala kué ngala nimutué uá diala nguibane ó muquengueji nga kudiondo ó kuitota ngodo kuitena kié ni mauta menu? nguibane ó maúta mami nguibane ó muquengueji nga kudiondo Tradução do Kimbundo para Português eu peço a bênção aos meus ancestrais eu peço a bênção ao Grande Elefante já senti a tua ira já senti o teu amor tenho cabeça de homem ilumina-me por favor como posso ganhar a guerra usando as armas deles? faz delas minhas próprias armas ilumina-me por favor
10.
EVMS saí para comprar tabaco fumar mata e estava um belo dia para morrer eu nem se quer fumo... tabaco mas estava um belo dia para morrer mais um livro para a fogueira três páginas a arder feliz é quem lê para aquecer mas como eu estava para dizer... estava um belo dia para morrer e tinha a roupa a condizer nu com a faca no bolso sem coleira ao pescoço e nada a perder em jejum com Lazarus no Poço a ouvir o que Betânia tem para dizer estava mesmo um belo dia para morrer jantar marcado com a morte às 20:12 e ao contrário de mim a morte nunca atrasou-se provavelmente só ouvirás isto às 20:13 pois só depois da morte serei famoso mas como eu estava a dizer... o tabaco aumentou outra vez às vezes é preciso sofrer para morrer de olhos brilhantes transformei as minhas lágrimas em diamantes o dinheiro não traz felicidade mas ajuda (encontrei o Buda) tirei a faca do bolso e matei o Buda o que é que se há de fazer quando uma pessoa não muda?!?! pois uma pessoa só muda em direção àquilo que é e aquilo que é é aquilo que sempre foi apenas não o sabia... fui. eu vou voltar a ser pó fazer crack no vinil eu vou voltar a ser pó fazer crack nesta realidade senil eu vou voltar a ser água água fora do cantil direto para a boca do inferno matar a sede de Abril eu vou voltar a ser pó

about

© 2020 Akashic Records


EVMS (ENGLISH | PORTUGUÊS)

ENGLISH

It is an unsigned work (of unknown author) produced in 2011.

It is now published as an art piece I intend to let go so that it can meet others and new worlds.

I took the liberty of labeling it as cinematic, punk rap , psychedelic blues and primordial future textures.

A music-oriented work with a very present visual component that perpetuates a little story about birth, life, dream and death of someone for whom the world as we knew it came to an end.

Hermetically philosophical enough to self override and be consumed like any other product that was designed only to serve its end

EVMS

is
eternal instants.
dust.


PORTUGUÊS

É uma obra não assinada (de autor desconhecido) realizada em 2011.

Ela é agora publicada como uma peça que pretendo largar para que possa também ela ir ao encontro de outros e novos mundos.

Tomei a liberdade de a catalogar como banda sonora cinemática, punk rap, blues psicadélico e texturas de um futuro primordial.

Um trabalho de cariz musical com uma presente componente visual que perpétua uma pequena história sobre nascimento, vida, sonho e morte de alguém para quem o mundo como conhecíamos acabou.

Hermeticamente filosófico o suficiente para se auto anular e ser consumido como outro produto qualquer que foi concebido apenas pra servir o seu fim

EVMS

é

eternos instantes.
pó.

credits

released April 25, 2020

ŒŒŒŒŒ∆∆∆ŒŒŒŒŒ


FEATURING

Nilson Dourado
keys, wind instruments and percussion

Sérgio Costa
Electric guitar, keys

Francisco Gaspar
Bass guitar

Xamãs da Brandoa
percussion, electric guitar with only 3 strings, turntables

Jo
vocals

António Dias
drums

António Duarte
percussion

Susana Travassos
Vocals

Chikano
drum pads

Beat Laden
Mix and master

Fidel Évora
artwork

PARTICIPAÇÃO

Nilson Dourado
teclas, sopros e percussão

Sérgio Costa
guitarra elétrica, teclas

Francisco Gaspar
guitarra baixo

Xamãs da Brandoa
percussão, guitarra elétrica de 3 cordas, gira-discos

Jo
voz

António Dias
bateria

António Duarte
percussão

Susana Travassos
Voz

Chikano
drum pads programados

Beat Laden
mistura e masterização

Fidel Évora
artwork

© 2020 Akashic Records

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all rights reserved

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EVMS Lisbon, Portugal

The Artisan of Sirius C

“if this says nothing to you, read the parched of my lips and you will understand that I feel the thirst of yours”

O Artesão de Siriús C

“se isto nada te diz, lê o ressequido dos meus lábios e entenderás que sinto a sede dos teus”
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